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Projeto “Ritos e Rituais de Matriz Afro-Indígena” realiza atividade gratuita em Limoeiro

  • blogdajaciara
  • Oct 16
  • 2 min read
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O município de Limoeiro, no Agreste, recebe nesta sexta-feira (17), a partir das 19h, no Terreiro Egbé Axé Limoeiro, o projeto “Ritos e Rituais de Matriz Afro-Indígena: Conhecer para Preservar”. A iniciativa, que conta com incentivo do Funcultura/Governo do Estado, propõe um mergulho nas tradições e saberes de terreiros de matriz afro-indígena em Pernambuco.


Gratuito e aberto ao público, o projeto promoverá uma aula-espetáculo com o tema “Musicalidade e Dança dos Orixás: Ogã e Ilú para os Encantados”, idealizada pelo Pai Àlábíyí. Aberto em Olinda, na Região Metropolitana, a ação segue ainda para o Sertão, com atividade no dia 18/10 em Arcoverde, e na Mata Sul, em novembro, encerrando sua programação no Quilombo dos Temóteos, em São Benedito do Sul.


Marcelo Nascimento, proponente e produtor executivo do projeto, destaca que a história da Jurema Sagrada em Pernambuco reflete um sincretismo religioso com raízes indígenas, que se fortaleceu e se diversificou ao longo do tempo com influências afro-brasileiras. Ele ressalta a importância da religião, mesmo diante do preconceito ainda existente:

“Apesar de ser uma tradição essencial, com fortes vínculos entre as pessoas em todo o país, a Jurema ainda sofre preconceito. Projetos como este são fundamentais para discutir o tema, dar visibilidade à religião e aproximar os terreiros da sociedade”, defende Marcelo Nascimento.


O Terreiro Egbé Axé Limoeiro é o 1º templo de tradição Nagô-Ketu do município. Seu início remete à década de 1950, com a senhora Montinha de Yansã (1923–1989), iniciada pelo senhor Severino Eufrásio de Yemojá e pela senhora Maria do Carmo de Souza de Ogun. Com o falecimento da fundadora, o terreiro ficou fechado até 1992, quando, por determinação dos Orixás, a continuidade deveria ocorrer através do neto carnal, então com 11 anos de idade e apenas 5 anos de obrigações religiosas.


Desde então, o atual sacerdote, conhecido como Pai Àlábíyí, que também é acadêmico e psicólogo, vem dirigindo o terreiro, estabelecendo de forma pioneira na região uma relação de militância antirracista com a sociedade limoeirense e da região. O Terreiro Egbé Axé Limoeiro faz parte da tradicional família Bangboxê (família africana originária de Oyó, Nigéria), que compõe o Terreiro Pilão de Prata, Terreiro do Lajuomi e o Terreiro da Casa Branca, todos localizados em Salvador/BA.



 
 
 

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